tag:blogger.com,1999:blog-16617928960789297692024-02-19T15:24:01.815-08:00Um Estranho Mundo de CrowAprofundem-se às sombras, apenas aqueles que não temerem ser tomados pelas mesmas...Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-4793254929365368822013-02-07T14:51:00.001-08:002013-02-07T14:57:38.011-08:00Um trecho que não pude evitar de postar.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOmVf-kLvJ-8mDfT2hLgyK5WnycSjLAcqaoYOiPeGc-ir2XLZk4GuJNBG690xhW5m2TcaRGJZzKpWMvIFdkYvrM5lBa6IyQssltrpMJPY1_9uMqwx3PvNSEgDe0GkkJrvEEv8tmWFf7XA/s1600/Bukowski+sabias+palavras.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOmVf-kLvJ-8mDfT2hLgyK5WnycSjLAcqaoYOiPeGc-ir2XLZk4GuJNBG690xhW5m2TcaRGJZzKpWMvIFdkYvrM5lBa6IyQssltrpMJPY1_9uMqwx3PvNSEgDe0GkkJrvEEv8tmWFf7XA/s400/Bukowski+sabias+palavras.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b><i>Definitivamente Bukowsky veio a ser minha primeira e uma das minhas grandes influências quando comecei a dar os primeiros passos dentro daquilo que posso chamar de literatura vindo da minha parte. Fortes e belas palavras, de um gênio que nunca se importou com isso, ah, um FODA-SE pra terminar o post. </i></b><br />
<br />
<br />
<br />
<br />Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-29895694384091448162013-02-07T14:38:00.002-08:002013-02-07T14:39:15.627-08:00Crônicas Infernais #1 - Um algo que ali me perturbava insuportável<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisPtdoF6JLSAGiXXSwGZ2sfkNS-FK-dJQbQwMgI5XEBlGzGFoAR7EbuKzmg06d8qGWLu47T2QSQzWdbljHJbkeat88SLvboRmcwhMZeQF-aN0x3MnnF3n7TGfvhrBWIO6Pbc6U2Bt4G2A/s1600/224510_486335134718991_306216378_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisPtdoF6JLSAGiXXSwGZ2sfkNS-FK-dJQbQwMgI5XEBlGzGFoAR7EbuKzmg06d8qGWLu47T2QSQzWdbljHJbkeat88SLvboRmcwhMZeQF-aN0x3MnnF3n7TGfvhrBWIO6Pbc6U2Bt4G2A/s400/224510_486335134718991_306216378_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b>Passada era à meia noite, vazia rua, baixo movimento naquela qual julgava, a cidade de um infernal paraíso, dita cidade que no vulgo era vilarejo, afinal, já passavam-se oito anos vivendo ali, desprovendo-me de muitas perspectivas de uma eventual mudança de ares repentina. Eu estava trabalhando, não haviam muitas pessoas as quais pudessem, por um instante, inibir explícita e imediata sensação de desespero e solidão ao ir-me para uma casa onde utilizavam para guardar estoques de mercadoria, de má fama decorrente de boca em boca por azarados funcionários que tiveram de pernoitar e adentrar o recanto assombrado em expediente. Fui vigilar, certificar-me de nada estranho ocorrente e jamais submeti-me aos caprichos de falácias sobre o fantástico mundo dos mortos, são impressionantes em livros, ou filmes, ou como, teoricamente, é de muitas alheias preferências... A meu ver, nada daquilo realmente me causava mero lapso sequer de comoção. Não porque fosse dotado de frio e antipático ceticismo, pelo contrário, convivia à presença do vislumbre disso, desde a infância, e nada pareceu-me, em momento algum, com as cenas descritas semelhante. Eis que invadira-me carrasco um frio no peito, um arrepiar anormal em pleno clima seco, e de ar parado, a sensação de algo acompanhar-me os passos indistintamente, de perseguir-me, não atrás de mim, dentro de mim, seria talvez, a melhor expressão a qual poderia eu utilizar para aquilo que me dispus, muito que indisposta e brevemente a ver. Nada mais fazia sentido, incogitável permanecer o mesmo, depois àquela grotesca e bizarra aparição, por dentre sombras de um espaço deprimente, percebia o vibrar de uma segunda presença, tal era o suposto demoníaco observar, o zelo inverso, obsessivo, e desconfortável, corri às pressas, era impossível manter-me ali por mais um minuto sequer, algo sufocava-me sem tocar-me em qualquer parte de meu corpo, fragilizado por tamanho e iníquo estranhamento. Fechei os portões, pesadas grades de metal, havia esquecido-me aliás, de acorrentar com cadeado, apressei o passo, e antes de poder afastar o suficiente para que fosse dado um suspiro de misericordioso alívio, uma gargalhada pude escutar, recaindo sobre minha incerteza ainda tentando se apoiar em algum argumento plausível... jamais retornei àquele local em meus expedientes, com a mesma empáfia. </b><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-7947496329105538692012-07-18T07:57:00.004-07:002012-07-18T08:19:45.444-07:0018 de Março<div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">arrepios crocitam às alcovas do horror,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">grotesca fizera-se, a risonha face das trevas</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">clamando pois, impiedosas, pelo assassínio d' alma</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">em angústia submersa, ao gelível negro mar de desespero,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">abruptamente desperta, num espasmo horrorizada,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">à mente fugitiva, e que no assíduo delírio fora afogada...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">respirando discórdia, às lamúrias insanas, distorcendo a realidade,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">à solitária misteriosa noite, lhe provendo uma estranha terna falsidade;</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">aterradores impulsos imperam, não os podendo controlar,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">na aspereza à situação, se fazendo conjurar,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">impedido à inércia, embebido à força, pelo fél do medo,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">contemplando o insano tempo respirar... suspirar açoites...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">figuram-se aos cantos, sombras, notados espantos,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">pesadelos estes tais, tantos são... imitando os prantos...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">lágrimas, licores se tornam, </span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">à festa destes, vís assombros, que em taças as entornam...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">levemente, assolam libidinosos as garras à pele do pescoço;</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">e uma sinistra valsa retumba do oculto semblante penumbroso,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">do horizonte provinda, o enigmático negrume tenebroso...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">jaz meu zelo, ao meu medo... grilhões se arrastam,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">os ouço, não se afastam...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">sussurros cansados... gritos de ódio inimagináveis;</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">repentinos intrusos riem-me, palhaços deformados,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">terrorosas faces, que a porta destroçaram,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">tamancos de espadas, pois bastardos usaram,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">ao compassarem sob meus espirituais restos, tombados...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">fronte o espelho, sangue e lágrimas se esvaem,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">confabulo mil prognósticos deste eu contemplado,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">cuja interna e brutal besta, a carne rompeu... gritado,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">legara o estilhaçar por meus demônios quais, não mais caem!</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">desolados campos percursados inebriam,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">névoas em ofuscados mosaicos, o tempo todo os recriam...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">vagar de encontro ao hediondo torpor, a mim perante,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">mergulhar no terror mortal, doce e audaz farsante,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">detrás tal face, o nefasto sacrilégio escondendo...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">torturam-me os internos partidos cacos... e assim sendo,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">eis tal noite insã, meu amargo ópio do pesadelo imponderável,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">o deparar... com esse macabro sorriso da atroz escuridão infindável.</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyYfVwB6yKhuRuBq17pKs6vKQ1E0lpT9RdNri5Q4jbr8Q-50XxQr6aLahyphenhyphenI6Sy3zpV5AqzBXoft8ve3Bh_27Y7V95XlRodGS9lYOlAZQ-0R9j69ZzZcmu0GSGekaGoub0uLBL8YOGUMXQ/s400/gothic101.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5766524415510615618" style="cursor: pointer; width: 300px; height: 400px; " /></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><b><i>Numa listagem de todos os poemas mais macabros que pude eu conceber até então, eu acredito que este deva ser o segundo mais sinistro de todos.</i></b></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><b><i>Não é, inicialmente, um poema gótico apelativo, como os que encontramos em muitos lugares, falando de morte, e morte e loucura, depressão, tristeza ou seja lá o quê, sem dar a cada ínfima palavra, o seu devido valor poético. Na verdade, essa poesia foi concebida com muita dor, amargura, ódio, e principalmente, o sentimento que eu acredito ser o mais terrível e inebriante de todos... O RANCOR!!!! Numa noite de insônia, e particularmente, um tanto alcoólica, onde sequer eu me dispus a estabelecer quaisquer métricas, divisões silábicas, ou seja o que mais... eu lembro de ter pressentido muitas energias nefastas ao meu redor, quando o fiz, e creio de certa forma, ter em parte sido de uma autoria realmente além de mim - não que eu leve isso muito a sério. o título, cá pra nós, completamente misterioso, faz jus ao dia em que se havia alguma esperança na humanidade, em tentar eu, poder crer em alguma sinceridade mundana que não a minha, de crer no amor, que eu sempre detestei que o proferissem em vão, ou no ideal, e aliás, conseguir outrossim confiar em seu próprio sangue, morreram todos! esmagados por uma enxurrada de podridão e transtornos morais e espirituais. Não só isso, esse poema retrata a extremidade que pude eu chegar, até as impressões mais abstratas e assustadoras da minha mente até àquela época. Pode não ter sido um poema que gerou muitos comentários, elogios, que merda for, tampouco agradou aos idiotas acostumados com literatura "água com açúcar", mas definitivamente, para o autor, que é o que mais tem propriedade pra falar de uma obra sua... esse poema é fantástico e arrebatador dos maiores suspiros e os mais terríveis arrepios.</i></b></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><br /></div></div>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-21344142269348693832012-07-18T07:42:00.002-07:002012-07-18T07:56:47.469-07:00Lobisomem<div><br /></div><br /><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-VW62gkMOBvv5HRRWRKEv7FIJwVxO8bBn0331OZ8OSjMz0AskGLheVF4ercPEJzPQSTAmKb5Ie0XUj9UWY3LCYOormwicDcKxBbELJ3Ua8YpiteR1vCrQiyGzSPenXYO3aQS0WoQ1pIc/s400/mzl.cshuwjdv.320x480-75.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5766521282277948674" /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">desperto rompente uivo,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">silêncio molestado,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">prata ruivo,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">à lua, pelagem ouriçada,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">um tendão mais,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">rompido,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">mordido,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">um bom cristão alcançado...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">...que tornado à tortura,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">temente tivera,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">sua carne abatida</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">às garras duma fera,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">impiedosa inclemente,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">de repente</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">em que dera,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">um passo a mais à redoma</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">de sombra</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">e horror!</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">ensanguentado focinho,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">mordaz maldição,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">rasgado é o linho</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">da roupa,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">perante </span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">sua mutação,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">um errante diabo,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">encarnado num cão.</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">ligeiro, mortal,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">face à sede do mal,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">a gritar</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">insanamente,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">a contemplar-se</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">irracional,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">farejando ferozmente,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">sua presa ao bréu total.</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">seja humano, seja ovelha,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">no pecado, ou retidão,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">enriquecido,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">endividado,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">de saber, não faz tal menor questão...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">badala, da igreja, o sino,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">um bradar lupino,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">jovem noite ainda toma, à sua excomunhão.</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">caçadores desimados,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">manualmente mutilados,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">seu batismo, o fez em sangue,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">forjado</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">em ódio e fúria,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">provindo de tanta injuria,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">afastado;</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">à cidade volve, em vingança,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">embrutecido enfurecido,</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;">à sua diversão, como criança...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><br /></div></div><div><b><i>Cara, inicialmente essa é a segunda parte, duma série de poemas conceituais meus abordando o tema dos lobisomens e dos licantropos, a terceira e ultima ainda não escrevi mas logo creio que terei disposição pra fazer a coisa mais assustadora e mais foda que o mundo da poesia já teve... sinceramente, eu não ligo aos que torcem o nariz pra poemas assim como os meus, sem sentimento tipicamente humano, e abordando UM TEMA, algo específico como a lenda dos lobisomens, que de certa forma, existe em todo o mundo com infindáveis peculiaridades... essa versão em especial, é a minha maneira de narrar a lenda, de encarnar e atribuir a tudo, meu próprio estilo. Na real, nenhum poema de amor seria tão legal quanto, e tampouco tão expressivo como algo a respeito disso, e também, se me conviesse, conseguiriam atingir a mesma profundidade que pode alcançar esse tipo de poesia, e é, aliás, o que vai ser visto no terceiro poema.</i></b></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-79070341070921328282011-04-30T12:55:00.000-07:002011-06-12T10:36:05.710-07:00Sete lágrimas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKQnXzAk0cZ5uH2komucyxq66BZH-g30pT918Yp4akXAYrk4dIFNQLH5_R9XhZdoK4yBV_D3COqo3CLOI8OuSt9WZCFskM5rTkatgcyz4Moih6mMu_sk4ya3CS5TTebNZEwVLxDEZSeDo/s1600/arte.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKQnXzAk0cZ5uH2komucyxq66BZH-g30pT918Yp4akXAYrk4dIFNQLH5_R9XhZdoK4yBV_D3COqo3CLOI8OuSt9WZCFskM5rTkatgcyz4Moih6mMu_sk4ya3CS5TTebNZEwVLxDEZSeDo/s320/arte.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5601475170571400402" border="0" /></a><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><br />mil motivos para me revoltar,<br />mil motivos para gritar de angústia,<br />mil motivos para eu achar-me um idiota,<br />mil outros motivos para eu querer ir embora,<br /><br />sete lagrimas,<br />uma por dia<br />até o sol envolver as trevas de tudo à volta,<br />onde o barco mudará sua rota;<br />morte aos idiotas!<br />vida aos inteligentes!<br />um foda-se para todos!<br /><br />sete lagrimas,<br />sete sonhos,<br />sete estrelas morrendo ao rosto,<br />brilhando sob a escuridão da noite...<br />uma bela revolta...! consigo mesmo e com o mundo,<br />uma fortaleza de respostas agressivas,<br />e de verdades ansiando por sair da boca,<br />que muitos ouvidos temem ouvir,<br /><br />parta como um lobo solitário,<br />ou seja um coelho dentro de uma alcateia,<br />estando bem ou mal...<br />à madrugada é vazia...<br />essa merda de dia perfeito<br />não fora perfeito...!<br />- nem deve ser lembrado!<br />só em um quarto,<br />tentando chorar, e disso impossibilitado,<br />sobe o sangue aos olhos,<br />nada, ninguém compensa...<br /><br />a não ser, ouvir "six hours" de Alice Cooper,<br />a não ser, fumar e ver a lua se ocultar no céu,<br />a não ser, esperar a alvorada em meio às trevas,<br />a não ser, aguardar... de olhos inquietos fechados...<br /><br /><br /><br />Poema antigo, de 2009... quando nem me empenhava nisso, fazia muitas vezes por mero fazer...<br /><br /></span></span>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-5674589470014079932011-04-22T07:05:00.000-07:002011-04-22T07:12:32.072-07:00Drogado de tristeza<span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><br />drogado de tristeza,<br />esse sentimento é um lixo,<br />e tal poema merda será,<br />desimporto-me do quão durará,<br />minha narração de extrema baixeza...<br /><br />o dia foi uma bosta,<br />a vida é realista,<br />não existe mais fumo que console,<br />por mais que eu insista,<br />é dificil sempre ser como o mundo gosta...<br /><br />impossível sempre fora a humana perfeição,<br />nego amarelos sorrisos, à minha tácita feição,<br />veja o que sou, como estou!<br />fita meu falso cinismo<br />mascarando toda a grande interna escuridão!<br /><br />e vá se foder se não estou-lhe agradando,<br />não cago lindas frases todo tempo,<br />assola a depressão flagelando<br />minha sentimental razão,<br />na nociva conseqüência da tristeza... da franqueza...<br /></span></span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkNy61E7BqSSN90e02FhQpU6egAFVdk1IrI_tGVw0MQzO-D8p3oV0rj-K_xGc4KtBsgRFCcDU8P7FL_4PpUg-SMxR1GCmwu5mXgMtoNt7wtjzYMZv7hMmIUTNNm45DQLmAkGfK4Txh8zs/s1600/2ey8idy.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 390px; height: 568px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkNy61E7BqSSN90e02FhQpU6egAFVdk1IrI_tGVw0MQzO-D8p3oV0rj-K_xGc4KtBsgRFCcDU8P7FL_4PpUg-SMxR1GCmwu5mXgMtoNt7wtjzYMZv7hMmIUTNNm45DQLmAkGfK4Txh8zs/s320/2ey8idy.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5598410158064180466" border="0" /></a><br /><br />Esse poema foi feito um tempo atrás, não foi feito pra ser bonito, nem nunca será... kkkk Então, FODA-SE...Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-16283144831159817622011-04-15T13:56:00.001-07:002011-04-15T14:00:28.103-07:00Poeta das sombras<span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><br />que com seus versos,<br />singelos, complexos, se mostre a verdade,<br />à face da escuridão<br />brilha a lágrima dos olhos tristes,<br />ingênuos, sujos, não importando mais<br />quão mostre-se o horror<br />de beleza simbólica<br />ante a estupidez<br />da inebriante santidade, ou qualquer farsa diabólica...<br /><br />palavras são armas,<br />que fizeram um mundo!<br /><br />marionetes somos todos,<br />vítimas hipócritas, carrascos passionais,<br />nossas próprias masmorras de ilusões, medos, anseios;<br />o que nós somos?<br />senão poeira, diante dos desígnios,<br />incertos, loucos;<br />conseqüência de passados nossos,<br />imateriais feiches do presente desenterrados à cadeia do tempo,<br />sob a realidade mental doentia, cinza impiedosa...<br /><br />palavras são armas,<br />que fizeram um mundo!<br /><br />tumidas trevas vivas, adentram um coração<br />gélido,<br />luzindo opaco<br />à sua ausência de face,<br />senão<br />somente, a da escuridão<br />num enlace<br />do olhar, distante à lua,<br />no mar, as animadas criaturas,<br />e montanhas, o universo que acentua<br />seu inato obscuro existir consciente...<br />ansiando fugir, à realidade torpe e deprimente...<br /><br />palavras são armas,<br />que fizeram um mundo!<br /><br />à clara noite<br />marencórios olhos, avistaram,<br />diante das fantasias,<br />possiveis fugas, que ofertaram<br />férteis sombras,<br />tais quais à oculta penumbra<br />sempre a alguém virão...<br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWiCEgGy3LF_1LVbAeSI0Pi9lujoMKT7T3PL3kQsOn875i76zKTn68XNesWJPwuheW1kL1fYa6IAvbFFskbJxFLvoGHbfuhF86-OjRLqjIkQDiypoytXb2kbgxNrJ6miJ9pL-Jx4YNng8/s1600/solidao.JPG"><img style="cursor: pointer; width: 304px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWiCEgGy3LF_1LVbAeSI0Pi9lujoMKT7T3PL3kQsOn875i76zKTn68XNesWJPwuheW1kL1fYa6IAvbFFskbJxFLvoGHbfuhF86-OjRLqjIkQDiypoytXb2kbgxNrJ6miJ9pL-Jx4YNng8/s320/solidao.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5595917502377918402" border="0" /></a><br /><br />enfim... esse poema me traz boas lembranças, huehuehueSantiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-15349970385096208512011-03-19T11:16:00.000-07:002011-03-19T11:28:12.537-07:00<span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">A MÁSCARA DE ARLEQUINO :<br /></span></span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYaqHl7Vrdazg37rrqhvUCW4KMGS2MvE7sViV0pnCh1RO6zdwYJqdYAcuyZKiIDHiacahymvN8ZhtLn2mNZytaIwTIgVitccZHD9CqPtKbFlyrH51Pd-F8GD4MXvxsrRb9-QWf13cQQkw/s1600/arlequino.jpeg"><img style="cursor: pointer; width: 313px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYaqHl7Vrdazg37rrqhvUCW4KMGS2MvE7sViV0pnCh1RO6zdwYJqdYAcuyZKiIDHiacahymvN8ZhtLn2mNZytaIwTIgVitccZHD9CqPtKbFlyrH51Pd-F8GD4MXvxsrRb9-QWf13cQQkw/s320/arlequino.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585858489320320370" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">inesperados risos arrancara de nós,<br />a cada sempre farsando em máscaras<br />um personagem atado em nós,<br />e os olhos meus impuderam trespassar as tantas caras<br />algo escondendo<br />e sabendo<br />o que eu planejara...<br /><br />de fato o que há no teatro?<br />existindo detrás às parvalhadas sentindo<br />meu mal insistindo<br />em livrar-se do lodaçal<br />consistindo<br />em torturar<br />minha alma já a gritar,<br />aos prantos entregue,<br />ansiando cada mais humilhar,<br />praguejar,<br />destruir,<br />chutar,<br />co'a frustração que persegue<br />este eu a perscrutar<br />passados ácidos...<br /><br />de fato o que há no teatro;<br />incomodando-me sutil, sem saber<br />detalhes, e tender<br />a prevenir-me,<br />num fitar temivel, firme,<br />como raposa sempre chamada<br />em pele de moça encarnada?<br /><br />de fato o que há no teatro?<br />acortinada no papel arlequino,<br />prevendo o destino<br />da consequência,<br />e com ocorrência<br />assim fazendo<br />sob os véis de palhaçadas...<br />a única amarga, dentre as tantas roubadas risadas...<br /></span></span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMxn27EscShJ5XHRfxDl5zGZaAFpJTU5RR1OPGUa8LWcOgRVv6PdPxqK7AODnGGNc6TBcvl0lJ-5AAr-xiO42aIBVTcf_PfC8x3qGhAH9EVjSqpWjCTJkX7s06Vc9BmKVqIXu8OeCwzxw/s1600/m%25C3%25A1scara+de+arlequino.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 316px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMxn27EscShJ5XHRfxDl5zGZaAFpJTU5RR1OPGUa8LWcOgRVv6PdPxqK7AODnGGNc6TBcvl0lJ-5AAr-xiO42aIBVTcf_PfC8x3qGhAH9EVjSqpWjCTJkX7s06Vc9BmKVqIXu8OeCwzxw/s320/m%25C3%25A1scara+de+arlequino.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585858279395361042" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><br /><br /></span></span>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-60657743955799869062011-01-25T08:53:00.000-08:002011-01-25T09:01:44.862-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKnfw1uijNujoTzSaLgmA4hHO7xht8jUkBTtzFzX3ikCoJqlnCVVgh816lfws3KFLw6EsZJq8Kc2lqBJ630XHInTnoMJtOo4qGntbYCQESG0DbNU0vxhsa3xcK1CIgi7wpKRIhawq3cbQ/s1600/dois+mundos.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKnfw1uijNujoTzSaLgmA4hHO7xht8jUkBTtzFzX3ikCoJqlnCVVgh816lfws3KFLw6EsZJq8Kc2lqBJ630XHInTnoMJtOo4qGntbYCQESG0DbNU0vxhsa3xcK1CIgi7wpKRIhawq3cbQ/s320/dois+mundos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566169717906098482" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">D'OUTRO LADO D'ÁGUA...<br /><br /><br />plainando às águas soturnas da colina,<br />sonhei com tua face adentro o reflexo<br />hipnotizando-me com o ondular que combina<br />nossas almas num mútuo fitar perplexo...<br /><br />mistica fora tal força que destina<br />o rumo dos reinos fora do eixo<br />natural, e há seculos se imagina<br />uma guerra, desprovida de algum nexo...<br /><br />predisseram-me alguns silfos, tal encontro nosso,<br />sendo este eterno e único,<br />confiando-nos a magia que dominar posso...<br /><br />- vamos fugir amantes, deste universo maléfico!<br />onde os reis, pela ganância governam,<br />nos recolhamos, onde as sinceras palavras se eternam.<br /><br /><br /></span></span>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-53954655435035870262010-12-29T10:51:00.000-08:002010-12-29T10:54:04.123-08:00<span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><br />Antigas juras dum romântico ódio :<br /><br /><br />amar-te-ei a que custo ?<br />envolvendo-lhe frigido teu mínguo busto,<br />sentindo adentro minh'alma triste uma dose de rancor,<br />não mais podendo chamá-lo de amor...<br /><br />ansiando um momento de fria vingança<br />ao deparar-me co'a sutil mudança...<br />olhares teus outrora contemplavam-me belos,<br />agora a carne lastimam como martelos...<br /><br />corrói-me profundo um desprazer apático,<br />visando inconsciente, vingativo, prático,<br />retrucar um sofrimento corrosivo...<br /><br />brota o ódio, quimérico, amargo,<br />incumbindo-me deste estafante cargo...<br />- ter de olhar-te indulgente, compreensivo !<br /><br /><br /></span></span>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1661792896078929769.post-90722463465996661342010-12-29T10:30:00.000-08:002010-12-29T10:46:07.011-08:00<span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">A batalha do precipício<br /><br /><br />eis que à noite sinistra surge uma batalha<br />em plácidas trevas,<br />ouve-se o marchar da legião,<br />desvairada sedenta por salvação,</span></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">nos capinzais à beira do abismo,<br />onde abaixo devora a maré enluarada...<br /><br />prateado uiva o lobo,<br />no pico estrelado,<br />guardião da aldeia dos condenados<br />à farda magia...<br />longínquos vociferam anjos caídos,<br />que aos incrédulos estão velados.<br /><br />horrores gotejam celestes,<br />preâmbulando a escravidão,<br />demônios a glória almejam vorazes,</span></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">- o cristal elemental ! murmuram tais às torres<br />arrastadas à escuridão<br />por bestas desejando pestes.<br /><br />rapinas contemplavam em desgastados troncos secos,<br />a forma ligeira à negrejada vista por sangue maculada.<br />saltavam voadores, os cavaleiros que o negro aço trincavam,<br />consumindo o espaço,<br />e a terra que pisavam...<br />porém àquele recinto pela força, debandavam.<br /><br />o silêncio corrompido, tornava-se estável novamente...</span></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">assustador,<br />onde o mar praguejava<br />e a solitária flor suspirava<br />exaurida,<br />espavorida...<br />distante retornava<br />na investida,<br />à montanha<br />de treva revestida,<br />a horda, que apanha<br />seus arcos,<br />espaço ganha...<br /></span></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">chovem chamas,<br />que a alada morte ao templo encaminham,<br /><br />choram chagas,<br />chegadas mal vindas às portas,<br /><br />bruxos esbravejam<br />os selos do inferno negro,</span></span><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><br />travam co'a treva, as presas cravadas<br />do lobo que a prata reluz mistério,<br /><br />vingativo gargalha,<br />e às vastidões estraçalha...<br /><br />tantas diabólicas assombrações...<br />que o campo tornam estéreo.<br /><br />e estas tais arrastam-se histéricas esfaceladas,<br />desfalecidas às seladas portas do precipício.<br /><br /><br /><br /></span></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDw7adqnQGuxKePE0zS_pvsARMsXQwvsxN80wDL4YR9Cm_nNCdvB2K0jPgoY_1LLrZNax29bRxoiygG02dAlqvdNTtpxe7-vfPXuoSh1vNeyJSCfTlwTd99aq0OZAAiRpwteRv7Luf2LM/s1600/reduz.asp.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 391px; height: 506px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDw7adqnQGuxKePE0zS_pvsARMsXQwvsxN80wDL4YR9Cm_nNCdvB2K0jPgoY_1LLrZNax29bRxoiygG02dAlqvdNTtpxe7-vfPXuoSh1vNeyJSCfTlwTd99aq0OZAAiRpwteRv7Luf2LM/s320/reduz.asp.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556175025323056546" border="0" /></a>Santiago Salinas Crowhttp://www.blogger.com/profile/01726005857320178448noreply@blogger.com0