sexta-feira, 15 de abril de 2011

Poeta das sombras


que com seus versos,
singelos, complexos, se mostre a verdade,
à face da escuridão
brilha a lágrima dos olhos tristes,
ingênuos, sujos, não importando mais
quão mostre-se o horror
de beleza simbólica
ante a estupidez
da inebriante santidade, ou qualquer farsa diabólica...

palavras são armas,
que fizeram um mundo!

marionetes somos todos,
vítimas hipócritas, carrascos passionais,
nossas próprias masmorras de ilusões, medos, anseios;
o que nós somos?
senão poeira, diante dos desígnios,
incertos, loucos;
conseqüência de passados nossos,
imateriais feiches do presente desenterrados à cadeia do tempo,
sob a realidade mental doentia, cinza impiedosa...

palavras são armas,
que fizeram um mundo!

tumidas trevas vivas, adentram um coração
gélido,
luzindo opaco
à sua ausência de face,
senão
somente, a da escuridão
num enlace
do olhar, distante à lua,
no mar, as animadas criaturas,
e montanhas, o universo que acentua
seu inato obscuro existir consciente...
ansiando fugir, à realidade torpe e deprimente...

palavras são armas,
que fizeram um mundo!

à clara noite
marencórios olhos, avistaram,
diante das fantasias,
possiveis fugas, que ofertaram
férteis sombras,
tais quais à oculta penumbra
sempre a alguém virão...




enfim... esse poema me traz boas lembranças, huehuehue

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