sábado, 19 de março de 2011

A MÁSCARA DE ARLEQUINO :




inesperados risos arrancara de nós,
a cada sempre farsando em máscaras
um personagem atado em nós,
e os olhos meus impuderam trespassar as tantas caras
algo escondendo
e sabendo
o que eu planejara...

de fato o que há no teatro?
existindo detrás às parvalhadas sentindo
meu mal insistindo
em livrar-se do lodaçal
consistindo
em torturar
minha alma já a gritar,
aos prantos entregue,
ansiando cada mais humilhar,
praguejar,
destruir,
chutar,
co'a frustração que persegue
este eu a perscrutar
passados ácidos...

de fato o que há no teatro;
incomodando-me sutil, sem saber
detalhes, e tender
a prevenir-me,
num fitar temivel, firme,
como raposa sempre chamada
em pele de moça encarnada?

de fato o que há no teatro?
acortinada no papel arlequino,
prevendo o destino
da consequência,
e com ocorrência
assim fazendo
sob os véis de palhaçadas...
a única amarga, dentre as tantas roubadas risadas...