quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


Antigas juras dum romântico ódio :


amar-te-ei a que custo ?
envolvendo-lhe frigido teu mínguo busto,
sentindo adentro minh'alma triste uma dose de rancor,
não mais podendo chamá-lo de amor...

ansiando um momento de fria vingança
ao deparar-me co'a sutil mudança...
olhares teus outrora contemplavam-me belos,
agora a carne lastimam como martelos...

corrói-me profundo um desprazer apático,
visando inconsciente, vingativo, prático,
retrucar um sofrimento corrosivo...

brota o ódio, quimérico, amargo,
incumbindo-me deste estafante cargo...
- ter de olhar-te indulgente, compreensivo !


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