Aprofundem-se às sombras, apenas aqueles que não temerem ser tomados pelas mesmas...
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Antigas juras dum romântico ódio :
amar-te-ei a que custo ?
envolvendo-lhe frigido teu mínguo busto,
sentindo adentro minh'alma triste uma dose de rancor,
não mais podendo chamá-lo de amor...
ansiando um momento de fria vingança
ao deparar-me co'a sutil mudança...
olhares teus outrora contemplavam-me belos,
agora a carne lastimam como martelos...
corrói-me profundo um desprazer apático,
visando inconsciente, vingativo, prático,
retrucar um sofrimento corrosivo...
brota o ódio, quimérico, amargo,
incumbindo-me deste estafante cargo...
- ter de olhar-te indulgente, compreensivo !
A batalha do precipício
eis que à noite sinistra surge uma batalha
em plácidas trevas,
ouve-se o marchar da legião,
desvairada sedenta por salvação,
nos capinzais à beira do abismo,
onde abaixo devora a maré enluarada...
prateado uiva o lobo,
no pico estrelado,
guardião da aldeia dos condenados
à farda magia...
longínquos vociferam anjos caídos,
que aos incrédulos estão velados.
horrores gotejam celestes,
preâmbulando a escravidão,
demônios a glória almejam vorazes,
- o cristal elemental ! murmuram tais às torres
arrastadas à escuridão
por bestas desejando pestes.
rapinas contemplavam em desgastados troncos secos,
a forma ligeira à negrejada vista por sangue maculada.
saltavam voadores, os cavaleiros que o negro aço trincavam,
consumindo o espaço,
e a terra que pisavam...
porém àquele recinto pela força, debandavam.
o silêncio corrompido, tornava-se estável novamente...
assustador,
onde o mar praguejava
e a solitária flor suspirava
exaurida,
espavorida...
distante retornava
na investida,
à montanha
de treva revestida,
a horda, que apanha
seus arcos,
espaço ganha...
chovem chamas,
que a alada morte ao templo encaminham,
choram chagas,
chegadas mal vindas às portas,
bruxos esbravejam
os selos do inferno negro,
travam co'a treva, as presas cravadas
do lobo que a prata reluz mistério,
vingativo gargalha,
e às vastidões estraçalha...
tantas diabólicas assombrações...
que o campo tornam estéreo.
e estas tais arrastam-se histéricas esfaceladas,
desfalecidas às seladas portas do precipício.
eis que à noite sinistra surge uma batalha
em plácidas trevas,
ouve-se o marchar da legião,
desvairada sedenta por salvação,
nos capinzais à beira do abismo,
onde abaixo devora a maré enluarada...
prateado uiva o lobo,
no pico estrelado,
guardião da aldeia dos condenados
à farda magia...
longínquos vociferam anjos caídos,
que aos incrédulos estão velados.
horrores gotejam celestes,
preâmbulando a escravidão,
demônios a glória almejam vorazes,
- o cristal elemental ! murmuram tais às torres
arrastadas à escuridão
por bestas desejando pestes.
rapinas contemplavam em desgastados troncos secos,
a forma ligeira à negrejada vista por sangue maculada.
saltavam voadores, os cavaleiros que o negro aço trincavam,
consumindo o espaço,
e a terra que pisavam...
porém àquele recinto pela força, debandavam.
o silêncio corrompido, tornava-se estável novamente...
assustador,
onde o mar praguejava
e a solitária flor suspirava
exaurida,
espavorida...
distante retornava
na investida,
à montanha
de treva revestida,
a horda, que apanha
seus arcos,
espaço ganha...
chovem chamas,
que a alada morte ao templo encaminham,
choram chagas,
chegadas mal vindas às portas,
bruxos esbravejam
os selos do inferno negro,
travam co'a treva, as presas cravadas
do lobo que a prata reluz mistério,
vingativo gargalha,
e às vastidões estraçalha...
tantas diabólicas assombrações...
que o campo tornam estéreo.
e estas tais arrastam-se histéricas esfaceladas,
desfalecidas às seladas portas do precipício.
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